sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

87 - Tradição

O café estava cheio, a rebentar pelas costuras. A mesa que conseguimos estava suja, com os restos dos anteriores clientes e o funcionário demorou a aparecer. Não fosse este café a famosa casa dos Pastéis de Belém, ter-me-ia ido embora. Mas dá-se um desconto quando se quer comer um pastelinho de nata quente. 
Sei que vou levar tareia (verbal) da grossa, mas costumo dizer que não acho que os Pastéis de Belém façam uma diferença colossal (cá está a palavrita) de outros Pastéis de Nata. Já comi muitos igualmente bons. A única diferença é que os primeiros estão sempre quentes e acrescentamos canela e açúcar em pó. É esta a minha opinião e está dito! Contudo, ontem o pastelinho soube-me pela vida e detectei sim uma diferença em termos da massa, bastante estaladiça e fina. Por outro lado, os pastéis exalam tradição, sabem a História, a séculos de sabedoria e tradição. E de muito amor por um ofício. É aí que está o segredo.
Acompanhados por um chocolate quente, não há como resistir (tanto doce que ainda aí vem pelo Natal e eu faço destas...)!



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