quinta-feira, 26 de julho de 2012

87 - Fazer a diferença

Saber que se faz a diferença na vida de alguém é tão bom!!!!

Trabalho para públicos de várias idades, mas assumo o meu especial carinho pelas crianças e jovens. Nem sempre é fácil, às vezes quase que me levam à loucura (momentânea, claro...!) e, particularmente no local onde trabalho, deparo-me com situações que me deixam sem chão, perante casos de maus tratos, falta de interesse da família, maus caminhos, enfim, uma tristeza. Por isso, não pensem que tenho meninos cutchi cutchi, super educadinhos, prestáveis, cheios de lacinhos cor-de-rosa e meias azuis, mas de qualquer forma é um prazer trabalhar com/para eles.

E precisamente com um desses jovens nada cutchi cutchi, aconteceu algo de extraordinário ontem. Vinha eu descansadinha, depois da minha hora do almoço, quase a entrar no edifício onde trabalho, quando vi esse jovem a segurar qualquer coisa, com outros jovens muito interessados a olhar. Apercebi-me que era um telemóvel e, por instantes, os meus olhos trocaram com os dele e vi nitidamente um momento de hesitação. E, naqueles breves segundos, aqueles olhos, antes tão interessados e maravilhados com a descoberta, transformaram-se na certeza de estar a fazer o mais correcto: o rapaz dirigiu-se a mim e disse que tinha encontrado o telemóvel no chão, telemóvel esse que poderia ser de alguém da instituição ou algum frequentador. Podem não perceber a grandeza do gesto, pois não conhecem o jovem e não vale a pena falar do passado e historial dele, mas que a mim me encheu de orgulho, lá isso encheu! Parece que estamos a ter uma influência positiva!

Tão feliz que até dá para rebolar!




87 - Dyrup White Collection

Parece que dizem por aí que o branco é a tendência de 2012 para decoração (e não só). Cá para mim, o branco sempre foi tendência: embora goste muito de cores, acho que o branco na decoração é a base, sobretudo nas paredes. Um clássico que, para mim, é eterno.

Depois, as pinceladas e jogos de cor fazem-se com elementos de decoração, podendo-se alterar completamente um espaço com a substituição por outros elementos de outra cor. Eventualmente, e como hoje está na moda, uma parede pode ter outra cor ou papel de parede (ai o Querido, Mudei a Casa dá-me cá umas ideias - o meu 'mor até fica com medo!!!). Mas, nas restantes, para mim a escolha é sempre branco. Um arco-íris é que não vai com nada!

Ora, este palavreado surge a partir da nova colecção de tintas, a Dyrup White Collection, num trabalho em parceria com a decoradora Maria Barros. "Colecção de tintas para a cor branca?", perguntam vocês. Pois é, brancos há muitos (4 tons) e com nomes muito sofisticados, como: Branco Polar, Branco Lunar, Branco Safari (???onde é que foram buscar esta ideia???) e Branco Nórdico. Por incrível que pareça, os tons são tão distintos que pintar uma parede apenas com riscas brancas é algo que já não parece tão louco. Pelas imagens que vi, fica liiiiindoooo! E esta é a questão central, como ainda não experimentei, só posso falar do que vi através do site da Dyrup e parece que, em torno desta ideia de se dar ênfase aos tons brancos, está uma campanha de divulgação muito bem estruturada: a escolha de uma decoradora de interiores com nome, toda uma construção de imagem de uma linha da marca com o site e o blogue, os workshops promovidos e, sobretudo, um serviço interessante chamado "Serviço VIP pintura" (por 199€, com tudo incluído, poderá ver qualquer espaço da sua casa mais luminosa e fresca com esta gama de tintas), tudo isto traz uma nova dinâmica a uma "simples" colecção de tintas. E parece-me ser uma aposta muito inteligente porque, afinal, "white is the new black", certo Maria?


domingo, 8 de julho de 2012

87 - Por agora...

Mudei para a MEO e está a correr bem.

O comando é MEO.

8 - Isto está podre

Eu sei que todos falam do assunto, mas não podia deixar de registar aqui o que penso. Estas últimas notícias dos nossos políticos e das sua políticas revolvem-me as entranhas, enervam-me, enraivecem-me, dão-me vómitos. E, não querendo generalizar, penso se teremos políticos ou oportunistas...

1º O caso Macário Correia - para além da sentença, sobre a qual não me vou pronunciar (sei lá se tem razão, se não tem, não conheço os detalhes), há o caso das reformas. Tanta gente a passar dificuldades, tanta gente sem nenhum e o senhor tem direito a duas reformas, uma reforma antecipada por serviço público e outra por ter sido deputado? Por enquanto parece que vai optar por receber o vencimento como autarca, que é melhor, pois claro. Esperto!

Mas que raio é isto da pensão vitalícia? Isto não é um convite a ir-se para a Política simplesmente para isto e outras regalias? Eu - felizmente para a minha ética, mas infelizmente para o meu bolso - nunca seria capaz de ir para a Política por interesse. Acho-a demasiado importante para ser usada para esses fins. Todos nós somos políticos, ou deveríamos sê-lo, e exercer a nossa cidadania com mais participação, alertas, sugestões, ou seja, com mais pró-actividade. No entanto, quem tem boas intenções não vinga: ou "mata" ou "é morto". E normalmente é isto que acontece aos bons, é morto, salvo seja. Lembro as palavras de uma professora minha que se tentou envolver, mas ao ver as regalias, o carro e motorista a que tinha direito, as influências, os recadinhos de corredor, mas, acima de tudo, a teia, desistiu e deixou a Assembleia. E é assim que acabamos por ficar: com pessoas que estão lá para receber. E a Política é dar, dar, dar!

2º A inconstitucionalidade do corte dos subsídios e as novas "ideias" que já pairam no ar - claro que essas novas ideias recaem novamente sobre nós, principalmente a classe média, sempre a "pobrezinha" do costume. Não seria esta a oportunidade para se mostrar coragem política e, de uma vez por todas, mostrarem o que são verdadeiros políticos com tomates? Fundações, parcerias público-privadas, assessores e gabinetes, pensões vitalícias, despesas de representação, viaturas usadas como se fossem pessoais, viagens para a família, telemóveis, plafonds, revistas e jornais de interesse particular pagos pelo Estado, jantares e festas, grupos de trabalho para tudo e mais alguma coisa e as pessoas que lá são colocadas (com experiência e CV fenomenais, imagino!)... haveria tanto, mas tanto por onde cortar. Creio que ficaríamos espantados com os valores, de certezinha!

3º A bela da Licenciatura/Novas Oportunidades de Miguel Relvas - um político deve ser um exemplo! Aliás, não deve, tem que ser um modelo a seguir. E isto que se está a passar é vergonhoso. De uma tremenda injustiça, para todos os que passam anos a lutar, a estudar até altas horas. Se realmente é verdade, qual a razão para se dar equivalência a tantas disciplinas, sem qualquer exame, sem frequência de aulas, sem esforço a alguém que, só por estar num partido, se diz possuidor de vasta experiência? Experiência tem o senhor aqui da zona de 60 anos que viajou e trabalhou pelo mundo, teve negócio próprio e trabalhou para outros, que teve que deixar mulher e filhos para conseguir algo melhor, que aprendeu a safar-se em Francês, Inglês, Castelhano, que quase morreu ao cair na construção de um prédio, que voltou à terra depois disto tudo e a vê assim, pensando novamente se não será melhor emigrar. Isto sim é experiência. Pelos vistos já dava para Doutoramento.

Perante isto tudo, o que se há-de pensar? O problema é que isto está de tal forma enraizado que é perfeitamente normal ouvir alguém dizer que se vai inscrever num partido para a vida lhe passar a correr melhor. Numa conversa de amigos, há uns anos (tão inocente!!!) eu bem me ria com um amigo que se mostrava revoltado por não se conseguir nada por mérito, estando cansado de lutar e nada conseguir, pelo que tinha a brilhante ideia de ir para a Política. E eu ria, ria, com a ideia anedótica dele. No entanto, pelos vistos, esta não é uma ideia ridícula para muitos e dão o passo para um futuro promissor. Assim já não dá para rir.

Solução para isto? Nada é perfeito, mas há pouco tempo tive um sonho (já ouviram isto, não?) em que os políticos estavam no poder sem regalias e um vencimento normalíssimo e, só no final do seu mandato, eram avaliados, sendo a população a decidir se tinham direito a um prémio de considerável valor ou não pelo seu desempenho. Utópico, dirão. Perfeito? Claro que não. Mas talvez melhor do que o que temos agora. Entretanto, vou continuar a sonhar, pois esta realidade política cheira muito mal.


sexta-feira, 6 de julho de 2012

8 - Há coisas que não entendo!

Devo ser mesmo burrinha para não perceber certas coisas!! Quando no meu serviço lembro-me de uma nova proposta ou medida tenho que levá-las a apreciação aos meus superiores. Primeiro verifico se não há qualquer tipo de impossibilidade. Tenho, pois, que ter a certeza que é viável... Ora, porque raio é que se decidiu cortar os subsídios dos funcionários públicos e pensionistas e só agora se chegou à inteligente conclusão que é inconstitucional? Não se tinha avaliado essa questão antes!?

Cara de choque!