quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

87 - Sobre os Óscares

Mais um filme nomeado para os Óscares já cá canta: vi ontem O Artista. Primeiro estranhei: sem som, só com a música de fundo, admito que já estava a pensar que a coisa não ia correr bem. Tive a noção como os comportamentos, os hábitos, as vivências das pessoas mudam radicalmente com as várias épocas. Com o aparecimento do cinema, só o facto de ver pessoas a mexer num ecrã, devia ser algo misterioso e estranho, mas realmente maravilhoso. Hoje, somos sôfregos, hoje, queremos mais, queremos tudo, muita acção, muita pressa, pouco tempo, muito stress. E os filmes acompanham esta época frenética: efeitos especiais, 3D a saltar-nos em cima, diálogos rápidos. Não é que não goste dos filmes do género (desde que tenham qualidade, aceito tudo!), mas quando surge algo como O Artista é como digo, estranha-se. Mas depois, entranha-se. Pelo menos em mim entranhou. Adorei!
O Artista é um elogio ao cinema. Uma verdadeira homenagem a todos os artistas que nos fazem rir, chorar, pensar, desde o início desta Arte, com os seus momentos de glória e declínio. Ao mesmo tempo um documento histórico que nos mostra fases importantes e marcantes da 7ª Arte. É, pois, uma história de amor, não só a que é retratada no filme, mas também o amor pela magia, pelo sonho, pelo escape da tela. E, como precisamos disso, actualmente...


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